Rastro da lua
Conversa de navio, Senhor dos Anéis e meu artigo na revista Vida Simples
— Espera aí, conta essa história direito. Quero ouvir todos os detalhes.
— Lembra que na segunda noite eu subi até o último deck para ver o rastro da lua no mar? — diz minha mãe, cortando um croissant ao meio.
— Lembro — respondo, deixando os talheres de lado para prestar atenção na conversa. — Mas estava nublado.
Ela assente em silêncio enquanto beberica a xícara de café.
— Não deu para ver nada. Aí, ontem, alguém falou que a noite estava bonita.
— Fomos nós. Eu e o Pedro vimos a lua da janela da cabine antes de sair para o jantar.
— Isso. — Ela passa a faca no potinho de plástico e espalha uma quantia generosa de manteiga no croissant. — Eu subi lá de novo. Vocês tinham razão, a noite estava linda. A lua deixava o rastro no mar, do jeitinho que eu imaginei.
— Hum. E aí?
— Quando encostei no parapeito percebi que tinha um rapaz a alguns metros de mim.
— Como ele era? Novo? Velho?
— Era jovem, devia ter uns trinta, trinta e tantos… — Minha mãe gesticula na minha direção e do Pedro. — Um pouco …
Continue a leitura com um teste grátis de 7 dias
Assine Marinando para continuar lendo esta publicação e obtenha 7 dias de acesso gratuito aos arquivos completos de publicações.


